OBJETIVOS: identificar padrões alimentares (PA) de mulheres pós-parto e avaliar o efeito da insegurança alimentar, da idade e do nível de escolaridade no PA não saudável.
MÉTODOS: Coorte realizada por processo de amostragem consecutiva não probabilística em município da região Nordeste do Brasil, entre 2017-2018. A partir dos questionários de frequência alimentar, foram derivados PA por análises de componentes principais no 3º (n=207), 6º (n=195) e 12º mês (n=183) pós-parto. As associações entre os PA e as variáveis independentes foram investigadas utilizando modelo de regressão logística de efeitos mistos.
RESULTADOS: foram identificados dois padrões alimentares: PA predominantemente saudável (PAPS) e PA predominantemente ultraprocessado (PAPUP). Identificou-se que quanto maior a idade (OR= 0,92; IC95%= 0,85-0,99; p=0,031) e o nível de escolaridade (OR= 0,81; IC95%= 0,70-0,93; p=0,003), menor foi a chance de adesão ao PAPUP. Famílias com algum nível de insegurança alimentar apresentaram maior chance de aderir ao PAPUP (OR= 1,55; IC95%= 1,01-2,37; p=0,044).
CONCLUSÃO: a adesão ao PAPUP aumenta com o nível de insegurança alimentar. A maior idade e nível de escolaridade diminuem a adesão a esse PA. Esses achados fornecem suporte para a associação entre insegurança alimentar, idade e escolaridade com a adesão ao PAPUP, sugerindo a necessidade de medidas eficazes para garantir a segurança alimentar, particularmente para populações vulneráveis.
Palavras-chave: Padrões alimentares, Período pós-parto, Insegurança alimentar, Estudos de coorte