OBJETIVOS: avaliar a prevalência e fatores associados à sífilis adquirida em gestantes atendidas na atenção primária à saúde de Montes Claros-MG.
MÉTODOS: trata-se de um estudo transversal realizado com gestantes cadastradas nas equipes da Estratégia Saúde da Família de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil (2018-2019). Fatores sociodemográficos, comportamentais e obstétricos foram coletados por meio de questionário aplicado por entrevista. Foi avaliado o resultado do exame Venereal Disease Research Laboratory (VDRL). Uma análise de regressão logística binária foi usada para determinar os fatores associados à sífilis na gestação.
RESULTADOS: a prevalência de sífilis encontrada foi de 1,7% (IC95%= 1,44-1,96). Gestantes com ensino médio tiveram 75% (OR = 0,25; IC95% = 0,08-0,81) menos chance de ter sífilis, quando comparado a gestantes com ensino fundamental. Gestantes que fizeram uso de drogas ilícitas antes da gestação (OR = 3,47; IC95%= 1,02-11,82), e consumiram bebidas alcoólicas durante a gestação (OR = 16,35; IC95%= 3,81-70,20) apresentaram maior chance de ter a doença.
CONCLUSÃO: a escolaridade, o consumo de álcool e drogas ilícitas estão associados ao diagnóstico de sífilis em gestantes. Portanto, são necessários programas e intervenções educativas para abordar questões relacionadas à prevenção, diagnóstico, tratamento e os seus fatores de risco, sobretudo, os determinantes sociais e as questões de saúde reprodutiva das mulheres.
Palavras-chave: Sífilis gestacional, Cuidado pré-natal, Fatores de risco, Doenças infecciosas