OBJETIVOS: avaliar o efeito da Imunoterapia Orofaríngea de Colostro na redução dos casos de sepse neonatal tardia, em recém-nascidos prematuros com muito baixo peso.
MÉTODOS: trata-se de um estudo de intervenção, com análise comparativa entre a incidência de sepse neonatal tardia do grupo tratamento (em uso da Imunoterapia Orofaríngea de Colostro) e grupo controle histórico (recém-nascidos acompanhados na mesma unidade de terapia intensiva neonatal, anteriormente à implementação do protocolo de Imunoterapia Orofaríngea de Colostro). Participaram do estudo 81 prematuros nascidos entre 2016 e 2022, separados de acordo com o recebimento ou não da Imunoterapia Orofaríngea de Colostro. A intervenção consistiu em oito aplicações diárias de 0,2 mL de colostro cru da própria mãe na mucosa oral dos participantes, durante os sete primeiros dias de vida. Foi feito cálculo de Risco Relativo e Redução Absoluto de Risco e do Número Necessário para Tratar.
RESULTADOS: notou-se efeito protetor da IOC contra a sepse neonatal tardia. Risco relativo: 0,43; IC95%=0,21-0,91; Redução absoluta de risco: 0,26; IC95%=6,51-45,92 e Número necessário para tratar: 4 (2,17-15,34).
CONCLUSÃO: a administração orofaríngea de colostro se mostrou uma medida promissora na proteção de RNPT com MBP contra sepse tardia.
Palavras-chave: Recém-nascido prematuro, Colostro, Sepse neonatal, Imunoterapia, Estudos de intervenção